segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Depois de um fora, férias

Sempre achei que não há nada melhor para esquecer certos acontecimentos e fatos do que mudando de ares. As viagens são, por si só, experiências que trazem o novo ou até mesmo velhas sensações revisitadas e repáginadas. Mas o fato de se dar um tempo pra cabeça depois de ter encucado por um certo tempo com os Zômens é o melhor remédio para esquecê-los.

A sensação de que ele bateu com a cabeça segundos antes do momento em que nos rejeitou e que certamente PODE sentir a nossa falta, DEVE querer nos ver e VAI ligar quando voltarmos, por mais que seja vazia e fruto da nossa cabeça tão fértil que poderíamos plantar tomates, existe. Não adianta dizer que não.

Antes da viagem: mil caquinhos. A única coisa que se quer é se arrastar de um lugar pra outro, sempre tentando montar o quebra-cabeça de 5.000 peças que irá te revelar, como um oráculo, a causa, motivo, razão e circunstância dele não ter te dado bola. Isso tudo, do lado de dentro neh, porque na fachada, deve estar tudo impecavelmente perfeito e a viagem, de que se faz questão que o Zomê saiba, deve parecer um cruzeiro marítmo com os jogadores da seleção italiana.

Durante a viagem: mudar. Pode ser qualquer coisa, vale tudo: cortar, pintar ou aumentar o cabelo, desde uma lipoaspiração e um mega rombo no cartão de crédito comprando roupas novas até uma simples saia rodada amarela ou um bronzeadinho. Tu-do pra ouvir ele dizer: (ou pensar que ouviu, que pra gente dah no mesmo): -Nossa, como ela tah diferente!
É que nem naquele comercial de cartão de crédito: n tem preço!

Na volta da viagem: é esperar pra ver se "as coisas mudaram". Quando ficamos um pouco fora da realidade "cotidiana" geralmente a gente tende a enxergar tudo do verdadeiro tamanho que elas têm. E não com uma lupa que é o que faríamos em nosso estado mental neurótico de sempre. Mas sempre muda ou se traz alguma coisa nova, nem que seja só a fachada e um souvenir. E isto já basta pra que a gente já se sinta diferente por dentro.